quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A Poda das Videiras





(Dizem que a poda nasceu (se iniciou) quando um burro passou por uma vinha e comeu algumas vides.) A poda é um dos actos que está directamente ligado ao trabalho da vinha, no nosso caso sabemos que deve ser feito, porque as gerações que nos antecederam o faziam, é verdade que muitos de nós nunca nos questionámos sobre estas coisas, é assim porque é assim, mas que se ao logo dos anos o fizeram por alguma razão foi.
Vamos tentar olhar para a poda, questionando e tentando perceber.


Mas então o que é a poda?


Não é mais do que o corte de certas varas, com o fim aumentar a qualidade das uvas e melhorar as condições de produção da videira, conseguindo-se assim que as raízes possam estar proporcionais à vide que no futuro irá ser a ramagem da videira.

Quando é que deve ser feita a poda?

A poda deve ser feita quando as folhas já estão a cair, ou seja aquilo que chama o descanso vegetativo. Mas devemos ter também em atenção a nossa região pois se a poda for feita na altura das maiores geadas os cortes da poda podem demorar a cicatrizar.
Nunca se deve podar a seguir à vindima porque as folhas ainda estão a trabalhar e não foi ainda dado inicio ao processo de emigração das substâncias que estão nas folhas para as varas e cepas da videira.

O que aconteceria se as videiras não fossem podadas?

Se as videiras não fossem podadas as suas varas iam crescer muito finas, todas embrulhadas e os seus cachos seriam muitos e de bagos pequenos (com pouco sumo) em que o seu amadurecimento acabaria por ser irregular, acabando por produzir um vinho de baixa qualidade.

Porque podamos?

Além de querermos obter cachos maiores e com maior teor de sumo, com elevados teores de açúcar que dão origem a vinhos com maior graduação, queremos que a videira mantenha a sua produção constante ao longo dos anos e que além disso nos permita tratar da videira facilmente, quer seja a atar a por os paus, a sulfatar ou a cavar a terra (amanhar).

Atenção a ter na poda.

Os cortes devem ser sempre bem rentes, lisos para que o corte cicatrize rapidamente e convenientemente. Nas varas, os cortes devem fazer-se um centímetro acima dos olhos (gomo). Os braços e os ramos mais grossos cortam-se com serrote, sendo depois o golpe alisado com uma navalha.

Deve ter-se o cuidado em fazer o menor número de cortes e que a grossura dos ramos cortados não seja muito grande, porque a cicatrização é tanto mais fácil, quanto menor for a grossura do ramo cortado.

Ditado Popular

Poda-me em Janeiro
Ata-me em Fevereiro
Cava-me em Março
Em Abril deixa-me dormir
Em Maio dá-me um arrendasso
E depois verás o que eu faço.

Verás como sei pagar
com juros de cento inteiro
o trabalho de podar
que tiveste em Janeiro.

Verás como o teu cavar
de Março, tão dedicado
vai dar ao mundo a provar
um néctar mais apurado

E num pingar de magia
dou-te pinga que inebria
espírito em gotas mil
para que bebas dia a dia
numa malga de alegria
o meu soninho de Abril

E quando chegar o Maio
do arrendasso do escol
que vai ficar no final
é dançar o verde-gaio
e beber o bom tintol
que se faz em Portugal.

Retirado do famoso Borda-d’água

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As Quintas em Redor da Aldeia.

Em redor desta Aldeia, existem diversas quintas… Entre estas, podemos referir a Quinta do Manso (Fradoso), Quinta da Laija Branca, Quinta do Braceiro, Quinta da Corga, Quinta do Mano, Quinta do Manso (Polo), Quinta do Fernão Calvo, Quinta dos Cecílios, Qinta da Caseta, Quinta da Fernanda (Polo) e Quinta do Chão de Juncal.

Há alguns anos atrás, as Quintas definiam pequenas propriadades rurais, na qual os seus propriatarios viviam das riquezas que o trabalho agrícola lhes fornecia, como tambem a criação e exploração e comercialização de ovinos e caprinos, na produção e venda de queijo. Nos dias de hoje muitas delas foram deixadas ao abandono, acabando as mesmas em ruinas.


Quinta da Caseta


Quinta do Braceiro


Casa da Ribeira


Quinta do Manso (Polo)


Quinta do Mano


Quinta do Chão de Juncal


Quinta da Fernanda (Polo)

À Descoberta das Belezas em Granito da Aldeia

O granito é o suporte para a maioria das edificações desta aldeia, desde as casas ao empedrado das ruas estreitas, passando pelas belezas históricas feitas em granito, que se encontram em redor desta nossa aldeia.


Chafariz do Largo da Casa do Povo
Este é o principal chafariz da aldeia. Era este que antigamente abastecia a maior parte aldeia de água. Água esta que era recolhida numa mina situada na serra sendo uma água mineral muito boa. Hoje em dia este chafariz é abastecido com a mesma água que é abastecida a aldeia, vinda de uma exploração camarária situada no vale da ribeira desta aldeia.


Chafariz do Ribeiro.
Este é sem dúvida o Chafariz mais emblemático da aldeia. Este ainda é o único chafariz da aldeia que fornece água vinda directamente da nascente. Nascente esta que se situa Nas da Fonte.



Cruzeiro dos Malhões
É um singelo monumento em pedra granítica rústica, localizado no antigo caminho que liga a nossa aldeia à freguesia de Alverca da Beira, perto da Quinta do Braceiro.


Laija da Capela


Laija da Regadinha
Estas antigas laijas eram utilizadas para a malha do centeio, milho etc.