segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Recordar......

Recordar cenas da vida, passadas na aldeia, há uns bons pares de anos.
Nesses tempos que já lá vão, os dias eram totalmente cheios e ao romper da aurora já se via gente a trabalhar por todo o lado. Homens de mangas arregaçadas e fraldas de camisa a esvoaçar cavavam as vinhas, “cobriam” as batatas e plantavam as suas hortícolas, etc.

Nas terras, rapazes e raparigas “espalhavam” o esterco “estrume”, a garotada guardava “os animais” nos lameiros e os mais velhos roçavam as silvas, em redor dos lameiros.


Juntas de bois puxavam o velho arado ou a charrua, lavrando as terras onde depois se faziam as sementeiras.
Era um frenesim, um vaivém constante de pessoas e animais! Sentia-se a fertilidade da terra, nas cearas que cresciam e floriam em todas as tapadas da aldeia.

Respirava-se a alegria contagiante das pessoas nas cantigas que ouviam pelos montes, quebradas e vales, conforme a época do ano e os respectivos trabalhos agrícolas. Eram as canções das ceifas, das malhas, as pastoris e as dos jogos de roda, nas eiras e largos da aldeia.

Ouvia-se o chiar estridente dos carros de bois, na faina da carranja, ou carregados de feno, erva, batatas ou uvas, para o lagar.

Trabalhava-se de sol a sol e só se despegava quando anoitecia.
À noite e logo a seguir à ceia, acomodavam-se os animais, à luz do lampião e a seguir lavavam-se os pés, rezava-se o terço, contavam-se histórias e falava-se de saberes, à luz trémula da candeia, ou à claridade incerta do luar.

Depois, bem… depois, dormia-se tranquilamente, em lençóis de linho, tecidos nos rústicos teares manuais, pelas mãos hábeis de avós, mães e esposas dedicadas, onde se esquecia, momentaneamente, a dureza desse dia e se retemperavam forças para a labuta que se seguia.


Mª. do Espírito Santo / Olímpia / Lídia / Mª. da Natividade / Teresa / ??

Daniel / Quim / Vítor / Luís António / Ricardo
Maria da Natividade / Lídia / ??? / Luz

Toninho / Mª. da Natividade
Toninho / Mª. da Natividade

Ti Manuel Manso / Fernando / Vítor / Jorge

Ti Manuel Manso / Fernando / Quim / Jorge


??? / Maria da Natividade

Maria da Natividade

Maria da Natividade

Maria da Natividade em Fevereiro de 73

Vitor da caseta / António Domingos

Maria da Natividade na Quinta da Caseta
António Domingos junto à Capela
Francisca Clara / José Cláudio

Francisca Clara
Lúcio / Mª. de Lurdes / Toninho

Ana Maria / To

Sofia / Susana

Sofia / Susana / Francisco Ferreira





















domingo, 17 de outubro de 2010

Ó Gente da Minha Terra.

Ó gente da minha terra
Que lutas de sol a sol
Com os ventos frios da serra
Que lentamente te enterra
Envolta no teu lençol

Ó gente da minha terra
Que vives cavando o pão
E travas diária guerra
Com as agruras da serra
Que te empurra para o caixão

Ó gente da minha terra
Que preenches os teus dias
Lavrando rugas e estrias
Nesse teu rosto sofrido

Ó minha terra serrana
Que nunca te hei-de esquecer
Minha proba gente humana
Serei a voz e ventana
Do teu mudo sofrimento.

Ti Alice

Ti Olinda, Ti Zé Adrião e Ti Celeste

Ti Maria do Carmo e Ti António Domingos

Ti João

Ti Joaquim da Rosa

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Vitor e Carlos


Cecília


Paulo Jorge e Cristina


Vitor, Maria da Natividade e Tó


Luis Antonio e Zé Escabelhe


Ti Olinda


António


Profª Ilda


Ti Nazaré e Ti Emilia

Maria e Toninho


Ilda e Ti Idalina


Ti João, Zé Manel e Zé luis


Ti Zé Luis e Ti Aida


Ti Zé Loureiro


Ti Zé da Granja


Zé Manel


Ti Idalina